CADEIRA VAZIA. Enigmática a demora na escolha do ministro que deverá substituir o aposentado Eros Grau no STF. Da indicação abriu mão o ex-Presidnte. Antes, julgava-se que fosse para não correr o risco de contrariar a base aliada; depois da eleição, acreditou-se que para não ser ingrato com algum grupo de apoio. Veio a nova Presidente, passaram-se as festas e o marasmo de janeiro e quase tudo já volta ao ritmo normal e nada do novo ministro. Inusitado silêncio soa como desprestígio ao STF, aos cogitados para o cargo e quiçá ao próprio indicado, salvo se a escolha representar uma estrondosa novidade, um nome antes impensável e que se fez importante somente agora, com força capaz, pois, de retirar o imobilismo dos detentores do poder de indicação. Mais do que tudo, porém, fica o comprometimento da atividade jurisdicional: inegável dano irreparável.