A morte de TEORI ZAVASCKI causa em mim uma tristeza muito
grande, não pelo que ele estava fazendo para o Brasil, mas por conhecê-lo há
muitos anos. Participamos juntos, em 1976, do concurso para advogado do Banco
Central do Brasil. Fomos aprovados, nomeados e lá trabalhamos, ele no Rio
Grande do Sul e eu aqui em São Paulo. Antes de mim, TEORI deixou o Banco e caminhou
para a Magistratura. Acompanhei, mesmo que à distância, sua atividade
profissional, que sempre se marcou pela retidão, dedicação e estudo. Do
Tribunal Federal da 4ª Região galgou o STJ e, depois, o Supremo, coroando sua
trajetória de trabalho com muito empenho e honestidade. Nunca deixou de
estudar: a última vez que com ele estive, no final do ano na AASP, não
conversamos sobre os processos da mídia. Falamos do novo Código de Processo
Civil e ele revelou as mesmas angústias sentidas por quem cultua o processo. Era
sensato e sereno e assim continuará na nossa imagem.